No oficio da vida; eu um mero personagem,
Encontro-me no palco das desilusões.
Entre quedas e brilho, componho-me.
- Aplaude-me, vaia-me, pisa-me, ri de minha apresentação.
Esquecido nos bastidores quis brilhar.
A minha voz ergui, declamei versos para ti, chorei por todos
Neste teatro corrompido meu corpo sofreu.
Personagem principal sem valor; exaltado; isolado; fantoche.
Na parede, as cortinas, inquietas, irrelevantes;
-Abram-se as cortinas
- Aplaude-me.
Escorre dos meus olhos emoção.
Nascer, crescer, viver, representar para quem não se importa.
Atores, pobres iludidos sonhadores.
Apresente-se para que eu possa rir. Mostre-me a magia de sonhar e faça-me acreditar.
A poça de humilhação espelha teu semblante.
Da dor, a vitória de ter o papel principal.
Fecham-se as cortinas.
Meu ofício;
Personagem
Nenhum comentário:
Postar um comentário